quinta-feira, 1 de maio de 2025

"O nascer de uma Cidade" vence na Categoria Esquete Teatral

 


A arte pulsa nas veias do povo varjotense! Literatura, teatro, dança, desenho, música... veem-se estampados no rosto da cidade. Acaba que esse gosto respinga nas escolas. Ou será que são as escolas que fazem surgir esse gosto? 

Dúvidas à parte, a verdade que aqui prevalece é a da primeira oração do texto: "A arte pulsa nas veias do povo varjotense!" E para confirmar esta afirmativa, a Culminância do Projeto "Varjota 40 anos de história política - da Antiga Vila aos dias atuais" veio jogar isso na cara de quem ainda duvida, quando várias escolas se apresentaram no Centro de Convenções de Varjota, na noite de 25 de abril.

Nesse momento de apresentações e premiações, a Escola Deputado Manoel Rodrigues foi bicampeã na modalidade Esquete Teatral (além de outras conquistas) com "O nascer de uma cidade", escrita pelos Professores Naldinho Costa e João Rodrigues, e dirigida por Alex Gomes, que fez um belíssimo trabalho. Os atores e atrizes são alunos do 7º 8º e 9º Ano - dez estudantes, no total.

No ano passado, a Escola também conquistou o título de campeã com a peça "Sapucaia, o valentão", também escrita por João Rodrigues e Naldinho Costa, adptada/baseada na peça "Sapucaia", do Grupo Os Birutas, de Varjota. Para ver a matéria sobre "Sapucaia", é só acessar este link. https://uruliterario.blogspot.com/2025/05/sapucaia-o-valentao-vence-na-categoria.html 

Veja a Esquete na íntegra, após as fotos.

Obs: Os direitos autorais das 5 primeiras fotos abaixo relativas à esquete pertencem à Secretaria de Cultura de Varjota.










O NASCER DE UMA CIDADE

 

A esquete conta a história da Emancipação de Varjota, que, até então, era distrito de Reriutaba.

 NARRADOR:

 Sou filho de Reriutaba

Mas vi Varjota brotar

Crescer e ter seu progresso

Vi todo o seu caminhar

Hoje tenho o desafio

De tudo continuar.

 

Minhas senhoras, senhores

Atenção! Muita atenção!

Vou relatar uma história

Que causou muita emoção

Foi quando Varjota teve

A sua emancipação.

 

Distrito de Reriutaba

Com 13 mil habitantes

Em constante crescimento

Com vários comerciantes

Além do açude e o DNOCS

Dois fatores relevantes.

 

Então nossas lideranças

Quiseram se emancipar

Ter Varjota independente

Pra nosso povo cuidar

Na primeira tentativa

Tiveram que recuar.

GENTIL PIRES – (Discursando para o povo) Meu povo do meu querido Araras, não podemos continuar assim. Precisamos nos tornar independentes. Temos muitas riquezas. Podemos viver por conta própria. Desta vez não deu certo. Mas da próxima dá.

 POVO – É isso!!!! Não vamos desistir!!!!

 NARRADOR

Ivan Rego e João Ximenes

Naquele tempo de outrora

Brigaram pelo poder

E Gentil disse “É agora

Preparam-se ararenses

Porque chegou nossa hora”.

 GENTIL PIRES(Reúne o povo novamente) Meu povo do meu querido Araras, chegou nossa vez. É agora ou nunca.

 GENTIL MAGALHÃES – Vamos fazer um plebiscito. Vamos nos separar dos surrão. Vamos votar, meu povo! Espalhem a notícia.

 POVO(Gritando) Separa! Separa! Separa!

 FEIRANTE DE RERIUTABA(Chega com um filho) Bom dia, cumade. Qual são as novas?

 FEIRANTE DE VARJOTA(Com a filha do lado) Bom dia. Cumade, tão falando num tal de pledisquito.

 (A moça e o rapaz ficam ao lado, conversando)

 FEIRANTE DE RERIUTABA(Admirado) Ple de quê, Cumade?

 FEIRANTE DE VARJOTA – Um negócio aí, Cumade. Nem sei dizer o nome. É pra separar o Araras, que vocês chamam de biquara, de Reriutaba, os surrãos.

 FEIRANTE DE RERIUTABA – O Cumade quer dizer que vão separar o Araras de Reriutaba, é isso?

 FEIRANTE DE VARJOTA – Isso.

 FEIRANTE DE RERIUTABA – Mas isso num dá certo, Cumade. (Pensando) Bem que ouvi dizer por aí que quem tá na frente das coisas aí é o Gentil Pires, o Gentil Magalhães, Seu Neto, o Dr. Américo. E dizem que tem uma força grande na Capital – o Pinheiro Landim, um deputado forte. Você ouviu falar?

FEIRANTE DE VARJOTA – Ouvi falar sim. Dizem também que tem uma briga grande em Reriutaba; tem é dois prefeitos: Ivan Rego e João Ximenes. E agora quem manda é um tal de interventor chamado Ivo Sá, um forasteiro. (Animado) A hora é agora. Vamos aproveitar.

FEIRANTE DE RERIUTABA(Irritado) Vocês num têm como viver sem nós, Cumade. Um bando de biquara sem ter nem onde cair morto. Aqui tudo é de nós. Até o açude é de nós.

(O casal de jovem, ao lado, conversas)

 FILHO – Ei, biquarinha, vamos aproveitar que nossas mães estão brigando e vamos conversar aqui. (Pisca o olho)

FILHA(Se fazendo de difícil, envergonhada) Eu acho que minha mãe não vai gostar. (Ficam pegados na mão, meio achanhados)

FEIRANTE DE VARJOTA(Reaje) Quem num tem é vocês. O açude é de nós! Aqui tudo é de nós!

 FEIRANTE DE RERIUTABA(Puxa o filho pelo braço) Rumbora, meu filho. Num quero que filho meu se misture com uma biquara. (Sai irritado)

 FEIRANTE DE VARJOTA(Fala quase gritando) Eu é que num quero filha minha misturada com surrão. Vai pra baixa da égua, surrão véi!

 NARRADOR

E assim muito depressa

Foi o boato espalhado

Correndo de boca a boca

Nas bodegas, no mercado

Sem demora, o plebiscito

Depressa foi preparado.

(Os eleitores se dirigem à cabine de votação do Plebiscito (Fazer cenário e deixar um espaço maior na música). Após a votação, os dois Gentil dão a notícia ao povo) [Arranjar uma urna antiga, de lona com Fransquinha Nogueira]

 GENTIL PIRES – Atenção povo do meu querido Araras, o resultado saiu.

 GENTIL MAGALHÃES(Com o resultado em um papel). Mais de 9 mil pessoas disseram sim.

 GENTIL PIRES -  O Araras está livre pra ser uma grande cidade!!!

 NARRADOR

No ano de 84

Dia 21 de abril

Foi votado o plebiscito

Liderado por Gentil

O Araras virou festa

A melhor que já se viu

 

A farra continuou

O povo estava animado

O assunto plebiscito

Foi muito comemorado

Pois celebravam bastante

O sonho realizado

 POVO – (Em coro pelas ruas com placas) Uh, uhu, o Araras é nosso! Uh, uhu, o Araras é nosso! Uh, uhu, o Araras é nosso!

  SEGUNDA PARTE

 NARRADOR

Agora outro problema

Tinha que ser decido

Qual nome dá à cidade

Algum que desse sentido

Após muita discussão

Ficou tudo resolvido.

 (Numa roda de conversa, numa mesa, as autoridades políticas reriutabenses e varjotenses discutem o nome)

 POLÍTICO DE VARJOTA – Queremos que fique Araras, que já estamos acostumados.

 POLÍTICO DE RERIUTABA – Não pode. Já existe um Araras em São Paulo. Pela lei, não pode. Então sugerimos Arariutaba, que leva o nome da cidade-mãe e da cidade-flha.

POLÍTICO DE VARJOTA(Irritado) Esse nome é horrível! Além do mais, nós somos independentes. Então nós é que vamos escolher o nome de NOSSA cidade. Vamos fazer uma homenagem a nossa pequena várzea. Será chamada de Varjota. Pronto!

(A mesa se desfaz)

NARRADOR

E o povo varjotense

Com sua firme opinião

Deu o nome de Varjota

E foi esta a decisão

Agora se preparavam

Para a primeira eleição

 

Nas ruas a dúvida corria

Quem devia ser o prefeito

Tinham que escolher os nomes

Para disputar o pleito

E na primeira eleição

Gentil Pires foi eleito

 (Entra Gentil Pires, com a faixa de Prefeito no peito, discursando para o povo. (O povo vibra e sai.)

 GENTIL PIRES - Varjota, minha criancinha, agora vamos transformar você numa grande cidade. DUAS MIL E CINQUENTA E CINCOS pessoas me escolheram nas urnas, contra DUAS MIL E DOZE que votaram contra. Mas minha querida Varjota, vou governar para todos.

 (Entram os compositores do Hino e sentam-se a uma mesa.)

 

NARRADOR

Valney, Bi Martins, Dos Santos

Se sentaram lado a lado

Pois o Hino da cidade

Precisava ser criado

E os artistas varjotenses

Souberam dar o recado.

 (Dos Santos canta um trecho do hino, Bi Martins faz acorde de violão e Valney faz acorde no teclado. Após os compositores derem OK, o narrador continua)

 

Diversas composições

O Concurso recebeu

Na Câmara Municipal

A escolheu ocorreu

E estes compositores

Foi o grupo que venceu.

 (Os compositores comemoram e o resultado e saem. Após a saída deles, o narrador continua)

 NARRADOR

Assim a jovem Varjota

Pouco a pouco foi crescendo

Cresceu a infraestrutura

Escolas foram nascendo

Lazer, esporte e cultura

Foram se desenvolvendo

 

Desenvolveu-se o turismo

A Culinária brotou

A nossa Literatura

Um Jabuti já ganhou

Varjota ganhou o mundo

Até na Europa chegou.

 

Reriutaba compreendeu

A nossa emancipação

Acabou-se aquela rixa

Hoje impera a união

Houve muitos casamentos

Entre biquara e surrão.

 (Entra o casal, filhos dos feirantes)

 RAPAZ (Olhando nos olhos da moça, diz) – Você é a biquarinhaa que completa o meu surrão.

 MOÇA – Ó meu surrãozinho... você me faz sentir mais segura. (Saem de mãos dadas)

Toca o hino de Varjota com o desfile de todos os prefeitos.

 

1º Gentil Pires (1986 – 1988)

2º Gentil Magalhães (1989 – 1992)

3º Francisco Diassis (1993-1996)

4º Gentil Pires (1997-2000); Moacir Farias (jun a dez. 2000); Elezion Camelo (Prefeito interino)

5º e 6ª Gentil Magalhães (2001-2008)

7º e 8º Rosa Cândida (2009-2016)

9º Francisca Célia (2017 a 2020)

10º Elmo Monte (2021 aos dias atuais)

 Vemos que nossa cidade

É cheia de luta e glória

Sou feliz por fazer parte

Da sua bonita história

E como atual prefeito

Eu tenho orgulho no peito

Por toda esta trajetória.

 

FIM

 

(Música “Oásis do Sertão)

(Atrizes e atores cumprimentam o público.

 

Personagens:

Narrador: Allan

Gentil Pires: Tiago

Gentil Magalhães: Emanuel

Feirante da Varjota: Yasmin

Feirante da Reriutaba: Sarah

Filha da Feirante da Varjota: Marlene

Filho da Feirante de Reriutaba: Kayki

Política da Reriutaba: Safira

 

PREFEITOS: Não têm fala; só desfilam

Elmo Monte: Allan

Gentil Pires: Tiago

Gentil Magalhães: Emanuel

Francisco Diassis: Pedro Igor

Rosa Cândida: Safira

Francisca Célia: Thábata

 

Escritores da Peça: Professores Naldinho Costa e João Rodrigues; Diretor: Alex Gomes.

 

 

 

 



 

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