Tão humano
São
ambos criados
Pelo
mesmo Mestre
Pelo
mesmo plano
Pela
mesma mão
E
ambos também
Vieram
do pó
O
mesmo do qual
Foi
gerado Adão
E
ambos nasceram, cresceram e viveram
Comendo
poeira deste mesmo chão.
São
filhos de Eva
Irmãos
de Abel
Aquele
que foi
Morto
por Caim
Caim,
por inveja,
Por
puro despeito,
Na
vida do irmão
Um
dia pôs um fim
Por
mais que esteja nas Páginas Sagradas
Reluto
em não crer que o homem é ruim.
Mas
quando observo
Esta
triste imagem
Me
lembra a Serpente
Que
veio enganar
E por
pura inveja
Plantou
a discórdia
Na
gente que um dia
Nasceu
pra amar
Mas
este é o papel da cruel Serpente
Que
trouxe no peito o dom de matar.
Mas
não compreendo
Como
é que um homem
Segue
o mesmo rito
Da
cruel Serpente
Como
é que destrói
Sua
própria espécie
Sangue
de seu sangue
Gente
de sua gente
Apenas
porque ele não aceita
Que
a pele do outro seja diferente.
Nunca
vi o Cristo
Pregando
a discórdia
Nem
a cor da pele
Nem
religião
Nenhum
preconceito
Da
língua do Mestre
Foi
dito enquanto
Pisou
neste chão
Por
que, pobre homem, por que acreditas
Que
porque és branco és melhor que o irmão?
Por
que tanto odeias
A
cor diferente?
Por
que tais desejos
Cruéis,
opressores?
Não
vês que o mundo
É
bem colorido?
Não
viste um jardim
Repleto
de flores?
Vê!
A primavera se pinta de branco,
De
preto, vermelho... de diversas cores.
Deixa
que tuas veias
Se
encham de vida!
Carrega
a paz
Na
palma da mão!
Retira
do peito
O
ódio que um dia
A
Serpente pôs
No
filho de Adão!
Cega
teus dois olhos para o preconceito!
Deixa
o amor encher o teu coração.
João
Rodrigues – Reriutaba – Ceará
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