Deitado
na rede
Depois
do almoço
Assistindo
um vídeo
No
meu celular
Vi
uma menina
Muito
angustiada
Falando
pra mãe:
“Mãe,
vamos rezar
E
vamos pedir a Papai do Céu
Que
mande depressa o vírus parar.”
Aquela
menina
Fechou
os olhinhos
E
ali começou
A
sua oração
Apesar
de eu rir,
Por
dentro senti
As
lágrimas brotarem
Do
meu coração
Senti
minha alma saindo do corpo
Ligeiro
dobrou o joelho no chão.
Larguei
o aparelho
Em
cima da mesa
Fechei
os meus olhos
Por
algum momento
Abri
a janela
Do
meu coração
Clamei
por meu Deus
No
meu pensamento
Feito
a menininha, eu também rezei
Pedi
pelo fim deste sofrimento.
Meus
olhos correram
Por
cima do muro
E
viram as garças
No
ar livremente
A
rua solitária
Estava,
em silêncio,
Dormindo
na cama
Do
asfalto quente
O
vírus mortal voando no ar
Sorrindo
da cara de medo da gente.
Olhei
para um bando
De galo campina
De galo campina
Numa
sinfonia
Na
árvore trepado
Um
pé de mamão
Cheinho
de frutos
Como
se estivesse
Mandando
um recado
Dizendo
que a mãe Natureza está livre
E
o homem refém da morte, trancado.
De
novo peguei
Aquele
aparelho
Olhei
para ele
Na
palma da mão
Senti
que aquilo
Era
uma mensagem
Talvez
um recado
Uma
premonição...
Vi
a Natureza seguindo seu curso
E
o homem correndo risco de extinção.
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