Eu
vi na TV
Uns
filhos da pátria
Chegando
ao cúmulo
Da
bestialidade
Gritando
AI-5
Seguindo
a boiada
Sem
nem conhecer
A
dura verdade
Do
sombrio passado de seus ancestrais
Chorando
a ausência da mãe Liberdade.
De
cara pintada
Partindo
pra guerra
Que
eles jamais
Sonharam
lutar
Nem
sabem, coitados
Que
nesta batalha
É
contra eles mesmos
Que
vão guerrear
Seu
rosto pintado de verde e amarelo
Com
seu próprio sangue depois vão pintar.
Negaram
a história
Fingiram
não ver
As
páginas sofridas
Do
nosso passado
A
voz de um povo
Sendo
censurada
Cada
brasileiro
Sendo
condenado
A
provar do fel do Sistema tirano
Forçado
ao silêncio do cárcere privado.
Fingiram
não ver
As
mãos algemadas
O
cheiro do medo
Da
bruta prisão
Corpos
torturados
Nos
paus de arara
A
dor da saudade
Da
extradição
Os
gritos de dor das mães em lamento
Perdendo
seus filhos pra bruta Opressão.
Será
que não viram
Os
mais de Cem Mil
Naquela
Avenida
Num
histórico dia
Batendo
de frente
Com
o monstro tirano
Exigindo
a volta
Da
democracia?”
Meu
Deus, nem um louco, um louco de pedra
Um
momento deste de novo queria!
Por
todos os mártires
E
heróis desta luta
Eu
grito bem alto:
Igualdade!
Igualdade!
Jamais
dormiremos
Na
cama do medo
Jamais
sentaremos
Com
a barbaridade
Queremos
ter vez, queremos ter voz
Pra
sempre poder gritar: Liberdade!
João
Rodrigues – Reriutaba – Ceará
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