O
sol se despede
No
fim do horizonte
E
a noite aparece
Com
hora marcada
Quando
o corpo humano
Busca
seu descanso
Da
luta diária,
Dura,
fatigada
Procurando
a paz que o corpo precisa
Para
recompor-se da longa jornada.
Sob
o véu escuro
Da
noite silente
Se
ouve no ar
O
voo do morcego
A
alma repousa
Na
sua consciência
O
corpo relaxa
Buscando
sossego
No
leito se estende e se cobre de sonhos
Descansa
na paz do seu aconchego.
Mas
este direito
Lhe
é arrancado
Por
quem não conhece
O
que é ter respeito
Motores
ferozes
Com
fúria medonha
Quebrando
o silêncio
Da
paz do seu leito
Manchando
de óleo a Lei do Silêncio
Rasgando
das mãos de quem tem direito.
As
máquinas trafegam
Ferindo
as regras
Que
a Lei do Trânsito
Estabeleceu
Roncando,
elas voam
Rasgando
as ruas
Muitas
sem faróis
Levantam
pneu
Em
fúria, um humano na sua direção
Feito
um bicho bruto que enlouqueceu.
Cuspindo
fumaça
E
óleo queimado
Enchendo
a barriga
Da
poluição
Seu
ronco abusivo
Vibrando
nos tímpanos
Tortura
do homem
A
sua audição
E
o corpo cansado que busca sossego
Em
seu próprio leito sofre punição.
Que
os homens da Lei
Tomem
atitude
Freando
estes brutos
Que
não têm respeito
Na
forma da Lei
Que
sejam punidos
Pra
que o cidadão
Não
fique sujeito
Ao
barulho insano, e que tenha de volta
A
Lei do Silêncio à qual tem direito.
João Rodrigues – Reriutaba – Ceará
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