É no silêncio que os olhos falam
É no silêncio que a criança sonha
É no silêncio que a semente brota
É no silêncio de uma noite enfadonha
Que caem as lágrimas que brotam dos olhos
De uma alma que sofre, tristonha.
É no silêncio que se gera o grito
De susto, ódio, medo ou euforia
É no silêncio que dói a lembrança
De um grande amor que partiu um dia
É no silêncio que o próprio silêncio
Morre de medo de quem silencia.
É no silêncio que o galo canta
Para avisar mais um dia chegando
É no silêncio de uma noite muda
Que os que amam estão se amando
E o poeta em sua nostalgia
Fica em silêncio, quieto, pensando.
E do silêncio brota um pensamento
E o pensamento voa em fantasia
Que em silêncio atravessa o mundo
E no papel um novo mundo cria
E no silêncio desse sentimento
Surge em silêncio mais uma poesia.
Todo o silêncio que passa aos meus olhos
Queria eu poder aproveitar
Porque feliz é quem tem o silêncio
E na hora certa se silenciar.
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