sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Crime atroz


Jaz uma floresta inteira, devastada,
Como prova viva de quem não se importa
Com a selva que agora descansa, já morta,
Que por pura ambição fora assassinada.

O que ganhastes, homem? Não ganhastes nada!
Não vês que a árvore é como uma aorta?
Quem mata árvore é como a mãe que aborta;
É uma criatura vil e desalmada.

Fez a pobre árvore a ti algum mal?
Ou achas, ó infame, que isso é normal?
Não vês que causa ao mundo um retrocesso?

Fizestes um grande mal à humanidade!
Agiste por ganância ou pura maldade.

Ou acreditas mesmo que isto é progresso?

João Rodigues

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