"Se a Ibiapaba não vem ao Cordel, o Cordel vai à Ibiapaba". Parafraseando um antigo ditado árabe (Se a montanha não vem a Maomé, Maomé vai à montanha), foi isso o que aconteceu. Após São Benedito, foi a vez de o Cordel ir até Ibiapina, uma aconchegante cidade na Serra da Ibiapaba.
Ontem à noite (07.06) - a convite do amigo Dieguinho, produtor cultural de São Benedito - visitei a Ibifeirinha , a tradicional feirinha da Ibiapina que acontece sempre no primeiro sábado do mês. Foi a primeira vez que marquei presença, e fiquei encantado com a organização: música, artesanato, arte (pinturas em tela) comidas típicas, livros e cordéis. Pois é, cordéis. Essa parte foi comigo.
E pra falar a verdade, fiquei surpreso com a aceitação do Cordel na Ibiapina - crianças, jovens e adultos paravam na banca e exclamavam: "Olha, cordel!" Uns compravam, outros o admiravam; e durante todo o evento, que foi de cinco da tarde às nove da noite, não faltou movimento.
Conversando com algumas pessoas mais idosas, fiquei sabendo que o Cordel foi bem popular na cidade no século passado (antigo romance), quando um certo senhor trazia folhetos do Juazeiro para vender na feira. Mas agora estava praticamente extinto. Segundo uma estudante, só se vê cordel por lá quando alguma professora o leva para sala de aula.
Agora eles sabem que o Cordel ainda existe, e bem pertinho deles.
Parabéns aos organizadores da Ibifeirinha, e obrigado pelo acolhimento. Com certeza, voltarei.
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