sábado, 18 de janeiro de 2025

A debutante (Lançamento da Revista Acadêmica XV)

 


             O Patronato recebia a todos de braços abertos, sem distinção: velhos e novos conhecidos. O clima de festa pairava no ar. Na rua, a atmosfera contagiante dos festejos de São Sebastião estava solta, deixando a noite mais animada. Automóveis e pessoas trafegavam pra lá e pra cá. Bares e restaurantes cheios. Tudo era festa.

            Adentrei o Patronato. Adiante, me deparei com um imenso espelho antes de subir os degraus que nos levava ao auditório onde haveria a festa. Dei aquela olhada básica nos meus cabelos grisalhos, quase brancos, e subi. O espaço ainda não estava lotado. Cumprimentei alguns amigos e fui direto à aniversariante do dia, que estava lindamente posta ao lado de um jarro de flores. Após as apresentações formais, escolhi um lugar para sentar.         A cortina vermelha do palco estava cerrada. De trás dela saía uma doce melodia. Dava para ver, mesmo que timidamente, uma banda musical tocando.

            Minutos depois, a cortina se abriu. Uma bela jovem entrou e sentou-se numa poltrona. Estava representando. Em seguida, um jovem surgiu e a chamou para dançar uma valsa. O rapaz me lembrou Charles Chaplin. Imaginei que estivessem representando “A dama e o vagabundo”. Não sei ao certo.

            As apresentações continuaram: grupos musicais, duetos, orquestra... Agora o auditório estava repleto de pessoas, maravilhadas com cada cena. A cerimonialista Telma Lima, feito uma maestrina, regia brilhantemente o evento. Enquanto isso, a debutante da noite, que estava fazendo 15 anos, ia recebendo, pouco a pouco, as merecidas homenagens.

            À medida que a festa ocorria, discretamente eu admirava a estrela da noite. Quinze anos completava ela! Jovem, linda, atraente! Meus olhos corriam sobre ela, página a página, e até nas entrelinhas. E nela me encontrei na página 58, onde discorri sobre o grande poeta e cordelista ipuense Gonçalo Ferreira da Silva.

            “Eita! Como assim ‘encontrou-se nela na página 58’”? Está confuso, caro leitor? Que debutante é esta? Era  a Revista Acadêmica (da Academia Ipuense de Letras, Ciências e Artes), que completou sua 15ª Edição esplêndida, recheada de poemas, crônicas, artigos, homenagens, e da qual orgulhosamente faço parte.

            Lourdes Mozart certamente também está orgulhosíssima! Afinal, foi ela a responsável pela organização da magnífica 15ª Edição.

Vida longa à estrela Revista Acadêmica!    

 

João Rodrigues – Cadeira 18 (Patrono: José Itamar Mourão)











 

           

 

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