O Patronato recebia a todos de braços abertos, sem distinção: velhos e novos conhecidos. O clima de festa pairava no ar. Na rua, a atmosfera contagiante dos festejos de São Sebastião estava solta, deixando a noite mais animada. Automóveis e pessoas trafegavam pra lá e pra cá. Bares e restaurantes cheios. Tudo era festa.
Adentrei
o Patronato. Adiante, me deparei com um imenso espelho antes de subir os
degraus que nos levava ao auditório onde haveria a festa. Dei aquela olhada
básica nos meus cabelos grisalhos, quase brancos, e subi. O espaço ainda não
estava lotado. Cumprimentei alguns amigos e fui direto à aniversariante do dia,
que estava lindamente posta ao lado de um jarro de flores. Após as
apresentações formais, escolhi um lugar para sentar. A cortina vermelha do palco estava cerrada. De trás dela saía
uma doce melodia. Dava para ver, mesmo que timidamente, uma banda musical
tocando.
Minutos
depois, a cortina se abriu. Uma bela jovem entrou e sentou-se numa poltrona.
Estava representando. Em seguida, um jovem surgiu e a chamou para dançar uma
valsa. O rapaz me lembrou Charles Chaplin. Imaginei que estivessem
representando “A dama e o vagabundo”. Não sei ao certo.
As
apresentações continuaram: grupos musicais, duetos, orquestra... Agora o
auditório estava repleto de pessoas, maravilhadas com cada cena. A
cerimonialista Telma Lima, feito uma maestrina, regia brilhantemente o evento.
Enquanto isso, a debutante da noite, que estava fazendo 15 anos, ia recebendo,
pouco a pouco, as merecidas homenagens.
À
medida que a festa ocorria, discretamente eu admirava a estrela da noite.
Quinze anos completava ela! Jovem, linda, atraente! Meus olhos corriam sobre
ela, página a página, e até nas entrelinhas. E nela me encontrei na página 58,
onde discorri sobre o grande poeta e cordelista ipuense Gonçalo Ferreira da
Silva.
“Eita!
Como assim ‘encontrou-se nela na página 58’”? Está confuso, caro leitor? Que
debutante é esta? Era a Revista
Acadêmica (da Academia Ipuense de Letras, Ciências e Artes), que completou sua
15ª Edição esplêndida, recheada de poemas, crônicas, artigos, homenagens, e da
qual orgulhosamente faço parte.
Lourdes
Mozart certamente também está orgulhosíssima! Afinal, foi ela a responsável
pela organização da magnífica 15ª Edição.
Vida longa à estrela Revista
Acadêmica!
João Rodrigues –
Cadeira 18 (Patrono: José Itamar Mourão)
Simplesmente maravilhoso! Parabéns Poeta!!
ResponderExcluirObrigado!!!
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