Contas!
Por que vós sois, assim, intermináveis?
Nunca
se cansam... e nos chegam a toda hora!
E,
de súbito, vai-se o parco ganho embora
E
logo surgem, mais uma vez, indomáveis.
Finda-se
o mês e já chegam, imperdoáveis,
Para
atormentar as mentes que outrora
Eram
tranquilas, e que já não o são agora,
Pois
vós chegastes, reles cães abomináveis!
Vêm
até nós como um bravo explorador
E
nos saqueiam o que temos de valor –
Nosso
suor, que todo dia derramamos.
São
as tais contas um monstro cruel, horrível,
Indesejado
por todos, um ser temível!
Mas
é um monstro que nós próprios o criamos.
João Rodrigues
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