Par
Ti
Da
– Ao Dia da Consciência
Negra
Eis
ao mar um navio que parte, e parte
O
coração de quem fica em pranto.
Em
sua vida fica um negro manto,
Para
sempre, feito um estandarte.
E
o que parte, essa dor reparte
À
distância, entre choro e canto,
Com
o que fica, com seu desencanto.
E
tudo fica: da família à arte.
Mesmo
o rei de outrora está curvado.
Por
outro rei agora escravizado.
Na
alma, o fel; e no corpo, o tormento.
Pra
trás a África, tão bela, imponente,
Perde
seus filhos... e grita, impotente.
E
de além-mar se ouve o seu lamento.
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