quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Sem verde, sem vida


Tenho cá, com meus botão
Pensado na Amazônia,
Que tem me causado insônia
Por toda essa traição
Que um home sem coração
Está tentando fazer
Este monstro quer vender
Nossas preciosa mata
Em troca de ouro e prata...
Eu num consigo entender!

Ô infeliz! Ô ingrato!
Num vê que o maior tesouro
Num é prata nem é ouro
É o verde do nosso mato!
Isso é um desacato
Contra as lei da natureza
Quer acabar as beleza
Deste país colossal?
Num vê que num é metal
A nossa maior riqueza?

E quem respira metal?
Quem se banha com a prata?
É bem mais bela a cascata
Com seu véu nupcial
E um ar puro, natural
Enchendo nosso pulmão
A relva enfeitando o chão
As arvre cheia de fulô
São obra do Criador
Adornando a criação.

Lembra de Serra Pelada,
Que era tão verde e bela?
Pois transformou-se em favela
Deixando a terra arrasada
Quanta vida exterminada
E enterrada por lá!
Gente sem poder voltar
Pro seio de sua famía
E sonhava noite e dia
Com o aconchego do lar.





Ô home, maldito home
Se esqueceu de Mariana?
Aquela ação desumana
Deixando o povo com fome,
Sem casa, sem honra ou nome
Se foram 21 vida!
Ainda hoje a ferida
Está aberta e sangrando
Com o rio Doce amargando
Seus último sopro de vida.

Quer dá tudo ao estrangeiro!
Por que, ó monstro, por quê?
Quantos precisa morrer?
Pra tu só vale o dinheiro?
Pois quero é sentir o cheiro
Da manhã de nossa flora
Se espalhando mundo afora
E a fauna alegre cantando
Ao Criador adorando
Sem ver o passá das hora.

Tu que governa o destino
De nossa imensa nação
Não venda nosso pulmão
Com este gesto assassino
Causando um golpe ferino
No seio desta floresta
Pois toda a nação protesta
Contra este ato vil
“Não venda do meu Brasil
O pouco que ainda resta!”




João Rodrigues 

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