Dona Coruja uma vez
Resolveu ser professora
Tirou então da gaveta
O seu título de doutora
Acreditou que seria
Excelente ducadora.
Procurou a Dona Águia
Que de uma escola era dona
Por isso ela era metida
Toda arrogante e cafona
Na escola, Dona Águia
Tinha fama de mandona.
A Coruja no outro dia
Começou a trabalhar
Sentindo-se realizada
Por conseguir ensinar
Porque o seu maior sonho
Era a floresta mudar.
Mas ela foi descobrindo
Em sua sala dia a dia
Que aquela realidade
Tão cedo não mudaria
E aos poucos foi sumindo
Da Coruja a alegria.
Todo dia ela inventava
Fazia jogo, simulado
Gritava, depois brigava
Corria pra todo lado
E a Dona Águia em cima
Só cobrando resultado.
Então para Dona Águia
A Coruja assim falava
Os alunos eram ruins
O pai não colaborava
Na sala não ti'a recurso
Assim ela se explicava.
Dona Águia então gritou
Aqui quem manda sou eu
E eu não quero saber
O que foi que aconteceu
Portanto Dona Coruja
Todo este fracasso é seu!
Por isso, Dona Coruja
Eu sei que é dura a lida
Você não deu resultado
E não vejo outra saída
Pegue as coisas, vá embora
Você está despedida.
Eis a moral da história
Para o leitor compreender
Neste universo cruel
Nem sempre importa o saber
Aqui é a lei do mais forte
Quem manda é quem tem poder.
João Rodrigues Ferreira
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